Bandura dizia que, melhor que aprender com os nossos erros, só mesmo fazê-lo com os erros dos outros...
E, sim, vejo que é bem menos doloroso aprender com as burrada alheias.
Já errei muito, mas poderia ter errado mais, se não fosse essa aprendizagem vicariante. Meu melhor exemplo é meu pai: servidor público desde novo. Enrolado desde sempre.
Um dia me sentei perto dele e disse que poderia ajudar a montar uma planilha. Sentamos, fizemos e eu quase morri do coração: mais de 200 mil reais em dívidas com crédito consignado. Quase 30 mil com empréstimos, 5 mil no rotativo do cartão e uns 3 mil de cheque especial. Falei: papai, se eu tivesse esse valor em ações de boas empresas pagadoras de dividendos, sairia da IFES agora, Ahaha.
Trágico.
Tive uma amiga em Brasília que disse que ganhava 2 mil quando veio para a capital. Pouco tempo depois, passou em um concurso que pagava 5 mil e dizia que AGORA, SIM, não teria mais dívidas, pois ganhava bem e NÃO ERA MAIS POSSÍVEL se enrolar. Antes de voltar para o sudeste, soube que ela estava numa Agência, ganhando mais de 10 mil. Fui parabeniza-la pela conquista e ela disse que já estava pensando que 10 mil era pouco para o padrão de vida que almejava...
Aprendizados.
Tenho uma amiga que se deslumbrou com o salário que ganhava e resolveu ir numa grande loja de departamentos e mobiliou a casa toda. 4 meses depois, a empresa fechou, seu nome ficou sujo, foi "limpo" após 3 anos e hoje não tem crédito em lugar nenhum. Adivinha: vira e mexe ela vem me pedir para tirar alguma coisa no cartão. E nem sempre paga em dia... eu já alertei que a última vez era a última mesmo. Isso foi há uns 18 meses.
O último ex era estagiário e não conseguia juntar dinheiro, pois ganhava pouco. Arrumou outro estágio melhor remunerado. Não sobrava. Arrumou um emprego. Trabalhava tanto que tinha "o direito" de se divertir non-stop nos fins de semana. Terminamos com ele ganhando mais que eu e torrando até o último centavo. Às vezes a mãe dele tinha de inteirar a passagem para ele ir trabalhar, pois gastou mais que podia. Não tinha dívidas, mas não ponho a mão no fogo... Não me surpreenderia se daqui uns meses me contasse que precisou pegar um empréstimo para comprar "aquele" console.
Aprendi muitas lições com essas pessoas. Elas são reais, com problemas reais. Foi vendo o desenrolar de suas vidas que pude ir filtrando o que eu queria ou não para a minha vida.
Hoje tenho dívidas e à medida que vou me dando conta de como cheguei até aqui vou me lembrando dessas histórias e vou montando um futuro diferente para mim.
E é assim que sigo evoluindo. Os blogs dos colegas me ajudam a construir um novo modelo mental, o da prosperidade, pois é melhor aprender com os erros e acertos dos outros. É mais barato ;)